quarta-feira, 15 de julho de 2015

Aluguel em julho no Rio tem queda em 14 bairros, aponta pesquisa do Secovi




Os valores dos imóveis para alugar no Rio de Janeiro estão em baixa. É o que mostra a importante pesquisa do Sindicato de Habitação do Rio (Secovi Rio). Segundo o renomado economista da Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EPGE), Luiz Carlos Ewald, “Faz dois anos que [o valor] está baixando, e vai continuar baixando”.

Dos 18 bairros devidamente analisados pelo Secovi, 14 apresentaram baixa no valor do aluguel em julho, tanto em comparação com o mês de junho quanto comparado a julho de 2014. Para esta análise, foram coletados valores de imóveis de 1 a 4 quartos, do tipo "apartamentos-padrão" utilizados.

O bairro que mostrou bastante diminuição no preço, em comparação a junho, foi Vila Isabel, na Zona Norte, com baixa de 8,16%, seguido do Jardim Botânico, com diminuição de 5,3%. Em relação a julho de 2014, os maiores baixas aconteceram na Ilha do Governador, -12,69%, e na Gávea, recuo de 10,51%.

“Há muitos anos, tradicionalmente no território nacional, o preço do aluguel costuma ser 0,5% a 0,6% ao mês em relação ao valor do imóvel. Então, num imóvel de um milhão, o aluguel seria R$ 5 mil. Não há qualquer hipótese que um dono de imóvel em Botafogo consiga R$ 5 mil, vai alugar a R$ 2,5 mil. Essa é a verdade de quem pode pagar aluguel”, garante o especialista da FGV.

O metro quadrado mais caro do Brasil

De acordo com o Índice Fipezap, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, entretanto, o Rio de janeiro continua sendo o m2 mais caro do Brasil, R$ 10.643, entre as 20 cidades devidamente pesquisadas.

“O grande problema de o Rio ter o m2 mais caro do país não tem a ver com a crise imobiliária que estamos vivendo no Brasil. Ele elevou porque os outros também se elevaram. Porque tinha oferta muito grande de crédito impulsionado pela política desastrada do governo, e os indivíduos se endividaram”, analisou Luiz Carlos Ewald.

No valor de venda, 9 de 18 locais analisados no Rio de Janeiro mostraram redução (Foto: Reprodução / Secovi Rio)
Fonte: G1

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