Já está no Poder Judiciário ação de cobrança movida pelo
empresário aposentado Mário Balducci, que pretende receber aluguéis do
imóvel onde funciona o Centro Administrativo. Balducci é o proprietário
da Gilub Lubrificantes e Derivados Ltda. – empresa que adquiriu o imóvel
em 1992. Pelos quatorze anos de ocupação do imóvel, Balducci pretende receber
a importância equivalente a trinta milhões de reais.
Segundo ele, o imóvel foi desapropriado através do
Decreto nº 2065, publicado na edição nº 288 do jornal Porta-Voz, quando
era prefeito o hoje deputado federal Marcos Montes Cordeiro (PSD). Porém, o pagamento pela desapropriação não foi feito, por divergência
entre as partes sobre a avaliação do imóvel. De acordo com Balducci, a oferta
do município, na época, correspondeu a R$1,7 milhão. Porém, o valor
venal do imóvel, descrito no carnê do Imposto Predial e Territorial
Urbano (IPTU), apontava uma avaliação de R$4,3 milhões. “Sabemos que
este valor, quando colocado no carnê, é geralmente inferior ao valor de
mercado. Aí não aceitei a oferta dada pelo município”, afirma Balducci.
Com isso, houve o impasse que desaguou no Judiciário. Desde então o
processo vem se arrastando.
Ele critica a situação e levanta suspeitas sobre onde
estaria o valor dos recursos, colocados em dotação orçamentária na época
da desapropriação, argumentando que tem tentado receber e não consegue.
Ação judicial confirmou, na época, que o município deveria
pagar R$3,8 milhões pela desapropriação, corrigidos monetariamente e
com acréscimo de juros, contados da data de imissão na posse pelo
município.No entanto, para Balducci, o município continua protelando nos autos, que tramitam há quatorze anos. “Esta ação já era para ter transitado em julgado, mas ainda está tramitando no Superior Tribunal de Justiça, porque a Prefeitura discute o valor dos juros da dívida”, desabafa. Além disso, ele revela que fez diversas propostas na tentativa de receber o pagamento, sem obter êxito. As negociações passaram pelas mãos dos ex-prefeitos Marcos Montes e Anderson Adauto (PRB) e, agora, com Paulo Piau (PMDB) – o qual ele diz não ter se reunido pessoalmente, somente através de interlocutores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário